Passar um dia inteirando fotografando este, que é o mais sonhado entre os que verdadeiramente se amam, é sempre incrível. A Débora é  capaz de empolgar a todos quando resolve sorrir! Sua alegria transbordava e eu e Pat, que estávamos ali registrando tudo no making of, não nos rendíamos apenas a nos divertir, mas a clicar incessantemente a cada momento que se descortinava durante o preparo da noiva e suas damas de honra para a cerimônia que aconteceria no Iate Clube Pampulha, durante o pôr do sol. A Débora e o Bruno são um casal espírita, portanto o formato da cerimônia não foi como o já conhecido das igrejas. Um amigo orador foi quem se encarregou da cerimônia dos votos. Ao fim, foi lido um poema do Mário Quintana sobre o casamento, o qual transcrevo:

Promessas Matrimoniais

“… Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?

Promete se deixar conhecer?

Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher:
declaro-os maduros. ”

Mario Quintana